Merkel e Hollande mantêm pressão para que Grécia faça novas concessões

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Reuters
As diferenças entre Grécia e seus credores internacionais se aprofundaram nesta quarta-feira, quando os líderes da Alemanha e da França adiaram uma reunião marcada com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, para pressionar por mais concessões.
O governo grego afirmou que está aguardando a resposta dos credores às ideias que apresentou na segunda-feira. No entanto, autoridades da zona do euro disseram que as propostas eram insuficientes para tapar buracos no orçamento grego e também se esquivam de reformas fundamentais para tornar a economia mais competitiva.
Sem um acordo para desbloquear mais dinheiro da ajuda, a Grécia corre o risco de default.
"O governo grego apresentou a sua proposta para as instituições, com dois documentos suplementares com alternativas específicas sobre o fosso orçamental e a sustentabilidade da dívida grega … Até agora, não houve nenhum comentário ou resposta à representação grega em Bruxelas”, disse uma autoridade grega em um comunicado.
É provável que a Grécia não pague uma parcela de 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional, que tem de ser quitada até o final de junho, se não receber novos fundos de sua ajuda congelada ou se o Banco Central Europeu não permitir que venda mais dívida de curto prazo para os bancos gregos.
Isso só acontecerá se os dois lados puderem concordar nos próximos dias sobre um acordo de dinheiro em troca da reformas que tem sido o foco de ásperas negociações nos últimos quatro meses.
Um calote poderia levar à imposição de controles de capital e, possivelmente, colocar a Grécia no caminho de se tornar o primeiro país a sair da zona do euro, a moeda única de 19 nações, minando a declarada irreversibilidade do euro.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, iriam se encontrar com Tsipras à margem de uma cúpula da UE-América Latina, em Bruxelas, para impulsionar as conversações sobre a dívida, mas uma fonte francesa disse que nada foi providenciado até agora.
Segundo um funcionário da UE, os gregos não fizeram nenhum avanço desde que apresentaram uma proposta de três páginas na segunda-feira, considerada insuficiente porque não aborda a reforma do sistema de pensões e aposentadorias ou do mercado de trabalho, medidas pedidas pelos credores.
"Se não houver movimento, não haverá nenhuma reunião", disse o funcionário.
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