Rouhani comemora resultados de eleição parlamentar no Irã
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, ganhou um forte voto de confiança e aliados reformistas garantiram ganhos no Parlamento com os primeiros resultados de eleições que podem acelerar a emergência da República Islâmica de anos de isolamento.
Embora os avanços de moderados e reformistas nas eleições de sexta-feira fossem mais evidentes na capital, onde venceram todos os 30 assentos parlamentares de Teerã, segundo os primeiros resultados, a escala dos ganhos sugere que uma legislatura mais amigável ao pragmatista Rouhani tornou-se uma possibilidade clara.
Grande aliado de Rouhani, Akbar Hashemi Rafsanjani, um veterano pró-reforma e habilidoso negociador político, emitiu uma mensagem no Twitter dizendo que ninguém poderia resistir à vontade do povo.
"Ninguém é capaz de resistir contra a vontade da maioria do povo, e quem as pessoas não querem deve se afastar", disse na mensagem.
Um afrouxamento do controle dos radicais anti-ocidente que atualmente dominam os 290 assentos do Parlamento pode reforçar o poder de Rouhani para abrir mais o Irã para o comércio exterior e investimentos, após o acordo nuclear firmado no ano passado.
Uma lista de candidatos apoiados pelos reformistas e alinhados com Rouhani estava prestes a vencer todos os 30 assentos parlamentares em Teerã, de acordo com os primeiros resultados divulgados neste domingo. O maior candidato conservador, Gholamali Haddad Adel, estava a caminho de perder seu assento.
"As pessoas mostraram seu poder mais uma vez e deram mais credibilidade e força ao governo eleito", disse Rouhani, acrescentando que iria trabalhar com qualquer um que ganhasse a eleição para construir um futuro para um país industrializado e exportador de petróleo.
Houve silêncio no campo conservador.
As eleições são vistas por analistas como um possível ponto de virada para o Irã, onde quase 60 por cento da população de 80 milhões de pessoas têm menos de 30 anos e estão ansiosas para fazer parte do restante do mundo, depois da retirada da maioria das sanções.
REUTERS
domingo, 28 de fevereiro de 2016
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