Chanceler do Irã diz que acordo nuclear não deve ser alcançado nesta segunda-feira

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Reuters
As negociações entre o Irã e seis potências mundiais sobre o programa nuclear iraniano não serão concluídas nesta segunda-feira, disse o ministro das Relações Exteriores da República Islâmica, Mohammad Javad Zarif, enquanto que diplomatas citaram um impasse envolvendo um embargo de armas imposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) e outros pontos.
A Casa Branca disse que ainda existem questões significativas a serem resolvidas e que o Irã terá decisões difíceis pela frente.
Questionado se haveria um acordo na noite desta segunda-feira, Zarif respondeu "não", segundo a agência de notícias iraniana Isna. Separadamente, um diplomata iraniano disse à mesma agência que uma reunião ministerial, que a mídia iraniana relatou mais cedo que aconteceria nesta noite em Viena, provavelmente não aconteceria nesta segunda-feira.
Autoridades próximas às negociações falaram da crescente frustração por parte dos delegados europeus por conta da aparente falta de disposição do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, de se afastar, mas a Casa Branca disse que "progresso genuíno" foi alcançado e que a equipe negociadora dos EUA ficará em Viena enquanto as negociações forem úteis.
"Continua a haver questões significativas que persistem", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. "Eles não vão assinar um acordo até que todas as nossas preocupações tenham sido tratadas. E, enquanto eles estiverem fazendo progresso nesse sentido, as conversas continuarão."
Há dias, o Irã e as potências mundiais têm estado próximos de um acordo para dar a Teerã um alívio nas sanções impostas ao país em troca de limites para seu programa nuclear, mas autoridades iranianas afirmaram que as conversas podem avançar para além do prazo mais recente, o de meia-noite desta segunda-feira em Viena, e que o sucesso não está garantido.
Não há sinais concretos de uma quebra do impasse enquanto os diplomatas em Viena continuam a se debater sobre questões como as sanções da ONU ao Irã e o acesso a instalações militares do país.
Mais cedo, Kerry ficou em silêncio quando indagado se o prazo seria prorrogado ou se ele descartava uma prorrogação. Seu colega iraniano, Zarif, disse: "não deveria haver nenhuma prorrogação", de acordo com a agência semioficial iraniana Fars, para dizer na sequência: "Mas podemos continuar as conversas enquanto for necessário".
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